Procuro um lugar à janela para sentar e ler meu livro. Nenhum lugar a vista. Esse é o preço por esperar as pessoas saírem primeiro. Hunf! E o pior é que vou continuar cometendo o mesmo erro da próxima vez. Como sou tolo!
Conselho sábio: nunca espere as pessoas saírem antes. Seja o primeiro a entrar, nem que para isso você faça como aqueles jogadores de futebol americano.
Enfim, mudo de vagão. Há muito mais vultos do que poderia supor meu cansaço. Não desisto. No segundo, há um lugar vazio junto à janela. Devo agradecer?... Não. Definitivamente não. O sol está mirando bem aqui. Estava bom demais para uma mera ilusão.
Hoje é um dia daqueles que não quero observar ninguém, muito menos ser ouvinte de algum contador histórias. Bem, tento ler, apesar de todo esforço em contrário do sol. Essa viagem vai ser um porre.
Opa! Um amigo que não vejo há tempos... Não sei... Acho que não estou pra conversa... Estando ou não vou sentar-me ao seu lado. Não podia recusar o convite.
Pulando a parte de “o que você tem feito?”, falamos um pouco de como anda a educação, das dificuldades de ‘eventuar’, do desinteresse dos alunos, e na primeira brecha, nos enveredamos no assunto cinema. E aí a conversa foi embora... até marcamos de trocas as listas de filmes de cada um.
No final das contas, a viagem foi até muito curta.
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2Comentários
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Tenho medo de pegar trem aí em morato, parecem touros. rsrs
ResponderExcluirNa luz também é assim!
Mas apesar disso, e do aperto, sabe que gosto de andar de trem?
Não sei, talvez seja porque é pelo trem que encurto as distâncias e mato a saudade.
Pois é... também tenho medo... e isso me lembra a aquela música do Zé Ramalho: Vida de gado eh... povo feliz.
ResponderExcluirMas o que mais me espanta são as pessoas que passam a vida pegando o trem lotado de manhã e de noite... e nunca mudam