“Em 2005, pedi a Manoel que me enviasse um texto sobre a sua relação com a palavra. Recusou-se a remeter o escrito via internet, que não era homem de lidar com essas coisas. Mandou, pelo correio mesmo, uma folha de papel almaço, ordenadamente datilografada e assinada, coberta pela tinta gasta da máquina, seus repuxos e saltitos de letra, o estilo refinado pela crueza de menino do mato.” Na capa da revista, há uma chamada: “Manoel de Barros Em texto exclusivo, poeta conta como criou um verso imortal.”
Abaixo, a cópia da carta datilografada.