Amparado pela luz vacilante
De uma vela em coma
Vasculho nos escombros
Dessa noite incandescente
Meus olhos tolos
Que se precipitaram no abismo
De uma esperança paralítica
De se suicidar na fagulha de um beijo
De enclausurar-se
No emaranhado vertiginoso de um abraço
Encontro-os, enfim
Empoeirados e surdos
Esta parte arredia de mim
Que apanho com uma gravidade
Suficiente e anti-cotidiana
Para depositá-la na desolação
Da minha carne (dissoluta).
Postar um comentário
0Comentários
3/related/default