Eu bebo a noite
Com becos escuros
De sombras esparsas
Entre ruas desertas.
Eu bebo a noite suja
Que brilha opaca
Em poucas luzes
Eu trago a noite
Em chuva, vazia
E por um instante lúdico
Sinto um prazer fatídico.
Eu como a noite
De ruídos intermitentes
E lambo os dedos
Nos intervalos de silêncio
Eu...
Eu que sou noite
Dentro dessa escuridão
De mim mesmo
Do desequilíbrio incoerente
De primeiras horas
Amparado e carregado
Por uma noite bêbada
Que me cospe de volta
De sua dança vacilante
Ao concreto de vômito
Eu...
Eu...
Eu...
...
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