Com o ranger intermitente da manivela
Marcha a música que ainda não é música
E não se sabe se será
(quem é que sabe?)
E ganha vida o carrossel circulador
Espargindo rancor nos corações, nas almas
Despetalando nuvens carregadas
Num mal-me-quer fatal
Galopa em seus cavalos epiléticos
E nessa fome de rodamoinhos
Enclausura os olhos recém-nascidos
Nas teias de uma estrábica discussão...
Que passa...
... Passa...
Feito pássaro abatido
Na noite encantada dos sonhos mancos
Mas o carrossel vertiginoso não pára
Vela o despertar de novos olhos banhados de mar
Que sabe, num batismo santo?
Quem sabe, na sagração do profano?
Postar um comentário
0Comentários
3/related/default
